Os Estudos de Risco à Saúde Humana e Risco Ecológico (ERSHRE), conduzidos na bacia do rio Paraopeba, têm como objetivo avaliar de forma ampla os possíveis impactos decorrentes dos rompimentos das barragens B-01 e B-06 sobre a saúde das populações e sobre o meio ambiente. Esses estudos seguem metodologias reconhecidas por órgãos nacionais e internacionais de saúde e meio ambiente, de acordo com as normas vigentes no Brasil. Entre as principais referências adotadas estão:

• As Diretrizes do Ministério da Saúde para avaliação de risco à saúde humana por exposição a contaminantes químicos;
• Os documentos da Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos (USEPA), que oferecem orientações consolidadas para estudos de risco à saúde e risco ecológico;
• A Convenção 169 da Organização Internacional do Trabalho (OIT), que garante o direito à consulta de povos e comunidades tradicionais potencialmente afetados.

Do ponto de vista territorial, os ERSHRE abrangem 29 municípios, cuja análise é conduzida de forma diferenciada em função de sua localização geográfica e do grau de proximidade em relação ao rio Paraopeba.

• Dentre os 29 municípios, 11 não margeiam o rio Paraopeba.
• Ao todo, 87 Povos e Comunidades Tradicionais participaram do processo de oitivas, garantindo a incorporação de suas percepções e preocupações no âmbito das análises conduzidas.

Para assegurar uma análise estruturada, os estudos foram organizados em cinco fases, cujo detalhamento pode ser visualizado na figura a seguir:

Como produto de cada fase, são elaborados relatórios que permitem aos órgãos estaduais de saúde e meio ambiente acompanhar os estudos, fiscalizar sua execução e aprovar o desenvolvimento da etapa seguinte. Além disso, a auditoria independente da AECOM realiza uma análise minuciosa dos documentos, emitindo recomendações para aprimorar continuamente as metodologias aplicadas.